O tempo das nossas soluções...
- Isadora Ferrari
- 5 de nov. de 2024
- 2 min de leitura
Não é o mesmo tempo que se entende por "resolução ideal" ou melhor decisão. Maluco, não? Em muitas situações das nossas vidas, somos compelidos a resolver as coisas com urgência, pensando nas melhores alternativas de custo-beneficio, com critérios completamente arbitrários ou ainda, ligados ao que pede o contexto. Não há nada de errado com isso. Mas há uma categoria, que diz respeito à nossa disponibilidade emocional para compreender, articular e resolver uma situação que não segue o critério da melhor alternativa, mas o critério de como eu quero me sentir ao lidar com isso. Não é a mesma coisa? Não... Quando estamos lidando com aspectos muito subjetivos, muito íntimos, geralmente muito conectados com a nossa maneira de funcionar, com a nossa afetividade, nós não vamos fazer o que é ideal. É bem mais provável que respondamos às nossas motivações intrínsecas, ligadas a aspectos da nossa condição humana ou ainda, da nossa história de vida. E o tempo que segue esse encadeamento é diferente de uma decisão objetiva. É um tempo ligado à capacidade da pessoa absorver e aprender sobre o próprio processo. Por isso, em Psicoterapia, muitas vezes o terapeuta sabe em quê as coisas vão desenrolar, a habilidade da abordagem comportamental em prever desfechos e dinâmicas é muito grande, mas não é o mesmo tempo que a pessoa que está vivendo a situação leva pra concluir sua experiência. Desde que estejamos protegidos, cuidados e cientes dos critérios que nos levam a determinadas decisões, a dica é sair do lugar de observar a situação para o lugar de viver a situação com esse instrumental. A partir disso, a gente sai fortalecido, amadurecido, estável e mais alinhado com o que nos é valioso, e portanto, mais habilidosos em experienciar o tempo presente e a felicidade. Não tem receita pronta, tem processo, e esse processo é o que constitui o tempo das nossas soluções. Na dúvida, busque terapia com gente que sabe o que está fazendo, combinado?
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